sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O um de todos.

Tentarei adentrar em um estilo que pouco ouso escrever, que é a crônica. Por isso, além dos erros de personalidade que constantemente apresento, outros erros acompanharão esta reestréia.
Soube que um amigo irá casar, e ele não é o primeiro que conheço de meus amigos que seguirá esse caminho. Provavelmente outros seguirão tais preceitos, porém mesmo assim me parece algo distante uma união tão grande a ponto de entrelaçar todos interesses.
Pior, muito pior, não vejo no horizonte de tantas caminhadas solitárias o acompanhamento de alguém. Sim, sinto me só demasiadamente, e quando vejo outros sinto inveja. Ser desprezível é um solitário fazendo-se de coitado, querendo a pena de outros, e nesse parâmetro me encaixo.
Nessas horas todos tem suas mandingas para fugir da doença que vários poetas exaltaram trocentas mil vezes, aliás todos passam por tal momento, mas que situação de tanto sofrimento, quão pesada é as horas quando se sente solitário e inútil. Alguns acabam com a tal depressão e se atrolham de remédios e antidepressivos para fugir de um vicio para mais tarde cair em outro.
Por isso lanço um desafio nesta crônica, um flerte com este sentimento de solidão, no qual é tão inerente a raça humana quanto sexo e alimento. Apenas exaltar a situação incomoda e é ruim, me parece apenas um choro de alguém que se entregou à uma verdade aumentada por outros, tal como pingos de sangue no mar.
Essa doença existe porque todos querem atenção, nem que seja do psicológo ou algo do gênero. Flertar deliciosamente com solidão me atrai muito mais que estagnar-se no colo de amigos na procura de atenção. Agora, domino ela e quando vier na minha porta, fecharei os olhos para dançar uma valsa sem som algum com uma companheira que à tempos tentei me afastar. Sou dela, e dela devo padecer por vezes para futuramente me gabar dela. Isso é um desafio a solidão, será que ela consegue me acompanhar no dois pra lá e dois pra cá de um valsa sem melodia nenhuma ?