quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ver.

E se um dia fosse estrelado, com eternos sorrisos e facetas mal compreendidas. E se um dia o contentamento se encontraria com o contente, para deixar o descontentamento. Se Loucura, sim essa mesma com maiúscula, deixasse de flutuar em âmbitos de moral e desprestigio, logo em seguida arrefecendo a realidade, essa sim enlouquecedora.
E se esse dia casa, calçada, amigos, sol, raios, aguá, passado, tristeza, mascarás, pudessem conviver na mais plena contradição de qualquer ser, revisitando sempre em um constante estado de movimento. Sim, esse dia ninguém acreditaria, não muito pior, nunca percebem pois esse dia é hoje, ontem e quem sabe amanhã.
De graça, sempre foi oferecido essa estranheza que mistura energias cósmicas com problemas rotineiros. É óbvio que é de graça. Utilizando fones do distanciamento pra esquecer o tudo no qual te rodeia, qual o problema?Tem gente usurfruindo deles sempre! Irá dizer agora que é algo inumano, insensível, insano e indefectível. Óbvio que não, apenas caminhe "sem lenço nem documento", sem peso nem consentimento, sem verdade sem vergonha. Olha! Um cinema pela frente, com um filme em cartaz, com seu nome e uma data, bem grande, chamando atenção de vários desconhecidos, ora não era isso que desejava? Ai está o desconhecido entrando em você com o ingresso de graça, pois é muito óbvio.
E se esse dia fosse anteontem ou depois de amanhã, gostaria ainda de estrelas, de eternos sorrisos e facetas? O desconhecido, o estranho, aquilo nebuloso até onde se encherga é o preço para que se veja realmente esse dia.
Dionysius M.