quarta-feira, 11 de julho de 2012
Exegese.
Filma meu lábio em frente ao espelho,
percebe?
Conturba toda maravilha do revérbero
ódio nesse ato.
É batom, penejado a sangue,
e meu lábio sorridente deflagra a
loucura.
Um anseio, exigido pelo consuetudinário encargo divino,
em verborrágicas ordens desse famigerado apanágio.
Flano por aí, mergulhado na carne e no sentimento.
E ainda sinto tua análise, retilínea em meus costumes!
Bravatas impedidas, maldizeres repelidos, por todos,
menos eu, o infeliz observado.
Não que seja indelével minha repreensão,
e mesmo que fosse, o olhar pan-ótico civilizador
não atenta, ainda, à minha alma.
Panóplias estarão colocadas contra a censura.
Sociedade, mais que certo existe esconderijos,
e lá, é vedada tua observância.
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