Estridente ao soar,
fina flor de Abril.
Outra peça, outro azar,
a cortina se abriu.
Um Pierrot...
Um Arlequim...
Coro cantou
em mandarim.
És esquina do amanhã,
o concreto que rachou.
E são as faces, tantas faces
no escuro desse show.
Um imã...
Um Egum...
Olhos vazios
pra qualquer um.
Marca o compasso,
um pra lá dois pra cá.
E na via Láctea nosso espaço pra dançar.
Ouça minha voz,
a se propagar
em todo esse espaço que há.
É tão calmo esse horror,
falso frio da primavera.
Se me inibe como for,
então se livre dessa terra.
Um pierrot...
Oh Arlequim...
Verga a dor
presente e sem fim.
Nessa sala vazia
a rodopiar,
imaginando você em mim abraçado ao ar.
No toca disco,
repetindo sem parar
essa valsa que compus e voce não ouvirá...
Dionysius Mattos
Dionysius Mattos
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