sexta-feira, 15 de junho de 2012

Falsa Valsa.

Estridente ao soar,

fina flor de Abril.


Outra peça, outro azar,

a cortina se abriu.


Um Pierrot...

Um Arlequim...

Coro cantou

em mandarim.


És esquina do amanhã,

o concreto que rachou.


E são as faces, tantas faces

no escuro desse show.


Um imã...

Um Egum...

Olhos vazios

pra qualquer um.


Marca o compasso,

um pra lá dois pra cá.

E na via Láctea nosso espaço pra dançar.

Ouça minha voz,

a se propagar

em todo esse espaço que há.


É tão calmo esse horror,

falso frio da primavera.


Se me inibe como for,

então se livre dessa terra.


Um pierrot...

Oh Arlequim...

Verga a dor

presente e sem fim.


Nessa sala vazia

a rodopiar,

imaginando você em mim abraçado ao ar.

No toca disco,

repetindo sem parar

essa valsa que compus e voce não ouvirá...

Dionysius Mattos

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