quarta-feira, 29 de maio de 2013

Necessidade

Da lascívia, te provoco calor.
Da ignominia que é o amor.
Num mantra rubicundo,
Vereda transas e beijos.

Teu ventre, meu umbral.
Dádiva e insânia,
Passional em meio aos caos.
Sempre arderá.
O amor, bicho medonho e necessário.
A vida sem seiva de sentimentos,
É um campo de concentração da solidão.

Exalto a paixão desenfreada,
Em meio a Baco e Afrodite,
Nêmeses espavore os normais.

Surtos; sempre os precisamos!

Ficar enfermo de amor, permite viver.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Exegese.



Filma meu lábio em frente ao espelho,
percebe?
Conturba toda maravilha do revérbero
ódio nesse ato.
É batom, penejado a sangue,
e meu lábio sorridente deflagra a
loucura.


Um anseio, exigido pelo consuetudinário encargo divino,

em verborrágicas ordens desse famigerado apanágio.


Flano por aí, mergulhado na carne e no sentimento.

E ainda sinto tua análise, retilínea em meus costumes!

Bravatas impedidas, maldizeres repelidos, por todos,
menos eu, o infeliz observado.

Não que seja indelével minha repreensão,
e mesmo que fosse, o olhar pan-ótico civilizador
não atenta, ainda, à minha alma.
Panóplias estarão colocadas contra a censura.

Sociedade, mais que certo existe esconderijos,
e lá, é vedada tua observância.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Pacóvio

Rasga em diante toda dissimilitude descabida,
destronada,
mal feita,
assanhada,
na maior súcia inflamada de sua casa.

Ri alto, vira olhos, abres braços,
um rubicundo de estranhas falácias,
falésias,
falsárias,
no umbral adequado ao facínora elegante.

-Deixe para minha sagacidade insana, tal maneio.

Não, pois:
rasga mal,
ri falésias,
expõe toda malfadada corrupção;
na plissada sanha da face.

Retrato do ardor, ardil ator,
Rabisco pungente desse infeliz,
Rotundo roedor de elogios,
Ríspido olhar fendido, frugal.

-Deixe pela minha sagacidade febril, teu maneio.

Lúdico vindo de sua pérfida opulência,
incoerente ao aval do imbecil.

Dionysius Mattos

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Falsa Valsa.

Estridente ao soar,

fina flor de Abril.


Outra peça, outro azar,

a cortina se abriu.


Um Pierrot...

Um Arlequim...

Coro cantou

em mandarim.


És esquina do amanhã,

o concreto que rachou.


E são as faces, tantas faces

no escuro desse show.


Um imã...

Um Egum...

Olhos vazios

pra qualquer um.


Marca o compasso,

um pra lá dois pra cá.

E na via Láctea nosso espaço pra dançar.

Ouça minha voz,

a se propagar

em todo esse espaço que há.


É tão calmo esse horror,

falso frio da primavera.


Se me inibe como for,

então se livre dessa terra.


Um pierrot...

Oh Arlequim...

Verga a dor

presente e sem fim.


Nessa sala vazia

a rodopiar,

imaginando você em mim abraçado ao ar.

No toca disco,

repetindo sem parar

essa valsa que compus e voce não ouvirá...

Dionysius Mattos

Agrenda

Agressão,
muito mais claro.
Engendra,
o próprio descaso.

Poesia,
vou lhe agredir.

Beleza,
poder do falso âmago.

queira meu terrível vilão, seu rebanho.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Momento.

Vou dançar comigo agora
me permita uma parte da lua,
e te dou uma lorota sonora,
imprecisa, desmedida, abaloada.
Na formosa nua.

Não há nenhum abismo
gravitacional humano que encara.
Danço em seu nudismo, 
claustro, suicida niilista.
Insanidade, minha tara.

Deixa o sábado abafado,
porque ninguém civilizará,
Te darei meu cajado,
Comunique o incomunicável.
As almas de bandeira agora o são.

Os corpos apodrecem e se amam.
Vago vagalhão vital.


terça-feira, 24 de maio de 2011

A lightness of insanity.

If you cant trust me,
I talk of my soul.
As you wish a smile with insanity.
The sky where we live, give this.

Before kill the dreams that we would,
I can say good night for your monster.
Get a payment with a bright flesh and blindness gold,
And you, Abiyss give me your wonder.

The sword of your concern.
Ramble with the dragons in the garden.
Dont forget to give them: The tears of Western.
And I realley gonna show to her, the grudge highway...

...desert where the time never will be.

Dionysius Mattos