quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem sabe.

É muito difícil parar. Olhar e quem sabe até vida em meio ao intenso caos urbano. Não é permitido, quando o sonho está confuso, em meio a pessoas partidas, surgir e brilhar aos desesperados. Como não é possível acreditar em seus ideais para o bem de todos, e poucos, ao mesmo tempo ensandecido usurpador de alegria? O concreto é o que resta ao poeta, triste e observador do comum. Como podes dizer que é impossível tirar a poesia das coisas.
Lhe mande os piores gritos surdos, como trombetas dos anjos caídos, que pediram perdão, lhe restando asas cortadas e bocas impedidas de sussurrar levantes. Pense comigo, o que faria se em meio à eternidade pudesse abrir a boca apenas uma vez. E ao vento espelhasse tremendas acusações, que pudesse fazer pedras, coisas,homens, mulheres e espíritos estranhos falarem, procurando vazão solitário em pura nota baixa, sim, aquela coisa bem baixa, quase inaudível aos idiotas dos dias movimentados, cheio de lucro da solidão.
É muito difícil parar.

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